alumbramentos

7.29.2005

concha



. na palma da mão, eu mergulho em base para a aparência sadia, cremes e amavios. com uma concha que quase abraça porque quase pede um afago ou proteção. mantêm dentro o que se ama, mas é pouco quando se transborda o amor. na palma da sua mão cabe o mundo .

7.21.2005

Aquela música estranha não saía da cabeça, levantou pensando como teria sido se tivessem crescido juntos.
Ao longo da sua linha da vida muitos meninos tinham chamado o mesmo Nome. Todos tinham ao menos a sua simpatia.
Conferia a lista de presença na memória e nem todos respondiam: aqui!
Ficavam girando em torno de si em períodos diferentes de forma que nunca olhavam para ela ao mesmo tempo. Um ao lado do outro formavam uma barreira a sua saída. Era um jogo.
Tipos físicos completamente distintos. Em que se pareciam?
Só havia um jeito de sair, aquele que ela escolhesse abriria espaço, mas sairia, necessariamente, com ela.
Precisava ser criteriosa:
- Eu faço as perguntas!
Sorriram maliciosos. Desconcertada errou:
- Qual o seu nome?
- Nome.
- De que?
- De nada!
Estavam impossíveis!
As idades variavam de 2 a 32 anos. Respirou fundo, fechou e abriu os olhos:
- Vou embora!
Pararam de girar sucessivamente até ficarem todos de frente pra ela.
- Vai! - em coro.
Tinham a mesma...voz?
Olhou com atenção. O mais novo, curioso não ter notado ainda, tinha se distraído recortando formas marinhas em papel celofane.
É ele! Uma criança?!
Pegou rápido no colo, correndo. As mãozinhas afoitas em carregarem o máximo de recortes possível, insuficientes foram deixando o rastro de estrela-do-mar, polvo, peixe, tartaruga, cavalo-marinho.
Leves ao vento, marcaram os caminhos tortos por onde os outros viriam depois. Não tem erro.

7.20.2005

o silvio e eu

- Silvio quanto você me ama?
- Nas férias.
- Não Silvio, não quando, q u a n t o...
- Todos os dias.

7.12.2005

-o teu olhar -

"Honey you are the sea
Upon which I float..."

7.11.2005

NADA TANTO ASSIM

"Eu tenho pressa e tanta coisa me interessa...
Mas nada tanto assim".