alumbramentos

6.06.2005

mês castigo

Ana abriu os olhos, e fechou.
O casarão crescia para baixo, subsolo, refeitório e pátio interno - a luz que chegava era sufiente, vinha de cima, mas como não havia olhado não sabia dizer a fonte.
Crianças e velhos descem primeiro. Não era criança e nem velha, sentiu a força que devia à sua idade -plena (?) - e medo.
A entrada ou era de extensas portas e janelas de vidro, ou estava escancarada.
Ana abriu os olhos. O que você quer do mundo? Dormir o dia inteiro, uma visita querida e confortável no começo da noite e já teria feito alguma coisa.
E fechou.
Do lado de fora eram fantasmas fantasiados querendo entrar. Era perigo ou brincadeira? Se as janelas estavam abertas ou eram vidro de quebrar, quem os mantinha lá fora? Não conseguia parar de olhar.
Esse escudo invisível quanto durava nela, e além dela?
Alguém chamou seu nome, a mão no ombro era uma amiga de infância.
Ana abriu os olhos, agora, saiu da cama em coisa parecida com sobressalto.
O corpo é que dizia o real? Muitas roupas no mesmo cabide.
O passado é confuso porque continua a existir.

2 Comments:

  • At 10:17 AM, Anonymous Anônimo said…

    gostei desse texto, menina de talento...

    ass: nem te conto que leu....

     
  • At 5:18 PM, Blogger tereza said…

    Obrigada :) E se eu adivinhar?

    Tem cara de família, sim ou não?

     

Postar um comentário

<< Home